segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Desenvolvendo nossa comunhão pela oração


Lc 21.34-36
Jesus, sabendo da pressão que o mundo exerce contra a sua igreja, alerta-nos do perigo que isso tem para o crente, a tal ponto de nos roubar a sensibilidade espiritual na sua vinda.

É fato incontestável que, até mesmo as coisas legítimas da vida, podem embaraçar-nos espiritualmente. Aqui, ele deixa claro que o único meio de evitar que nossos corações se carreguem de embriaguez, das riquezas desta vida com seus cuidados, évigiando em oração. Portanto queremos explorar esse assunto.

1)    Definindo oração:
Ao contrário do que muitos pensam, oração não é tão somente petição. Oração vai muito além disso. Oração é: comunhão, adoração, ação de graça, interseção, confissão, louvor, contrição e meditação; enfim, oração é relacionamento do filho com seu pai. Pode haver relacionamento sem diálogo?

A oração é tanto o preparo como o combate em si para a guerra espiritual que todo cristão trava com as forças espirituais (Ef 6.12-18).

1.1)         A eficácia da oração
A Bíblia declara que somos abençoados quando oramos.
Vejamos algumas:
a)     A salvação (At 2.21);
b)    O batismo com o Espírito Santo (At 1.4; Lc 11.13);
c)     Os dons espirituais I Co 12.31; 14.13,39);
d)    A cura divina (Tg 5.14,15);
e)     O revestimento da armadura de Deus (Ef 6.18,19);
f)      A capacidade para evangelizar (Cl 4.2,3);
g)     A sabedoria (Tg 1.5,6);
h)    Livramento da ansiedade (Fl 4.6,7; I Pe 5.7).

1.2)         Provas de oração respondida
a)     Abel (Hb 11.4);
b)    Sete (Gn 4.26);
c)     Noé (Gn 6.9);
d)    Abraão (Gn 18.23,33);
e)     Isaque (Gn 25.21);
f)      Jacó (Gn 32.9,12);
g)     Moisés (Ex 33.12,13);
h)    Josué (Js 10.12);
i)       Jesus Cristo (Mc 1.35;Lc 6.12);
j)       Os apóstolos (Atos);
k)    A Igreja.

2)    Impedimentos a uma vida de oração:

Com certeza, o maligno sabe o poder da oração de um justo. E ele está disposto a qualquer projeto para barrar, impedir, desanimar o cristão de usar esta arma tão poderosa.

2.1) As incertezas

O Evangelho de Marcos 11.24 diz: tudo o que pedirdes orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis”. Claro que esta declaração deve ser compreendida em conjunto com I Jo 5.14, que diz que se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade Ele nos ouve. Porém, não podemos nos deixar levar pela dúvida. Tiago diz: “Aquele que duvida é como a onda do mar, não tem firmeza, logo não receberá coisa alguma do Senhor”.

2.2) Falta de perdão

Uma das maiores dificuldades da igreja tem sido as intrigas entre irmãos que não se perdoam, prejudicando, assim, a obra de Deus. Jesus disse: “Quando vieres perante o altar e aí te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa tua oferta, vai, reconcilia primeiro com teu irmão, depois volta e apresenta tua oferta” (Mt 5.23,24). Marcos 11.25 diz: “Quando estiverdes orando, perdoai... para que vosso pai... vos perdoe as vossas ofensas”.

2.3) Pecados ocultos

Em Isaías 59 diz que: “Os ouvidos do Senhor não estão agravados para não poder ouvir, nem seus braços encurtados para não poder salvar, mas nossos pecados fazem divisão entre nós e nosso Deus...”.
Sabemos que todos pecamos, porém, a promessa é clara: “...se confessarmos e abandonarmos a prática somos perdoados” (I Jo 1.9). Não precisamos ser rejeitados pelo Senhor em nossas orações, basta irmos até Ele com sinceridade de coração, lembrando que, confessar é verbalizar o pecado, entristecer-se por ele e abandoná-lo na mente e na prática.

3)    Tipos de crente quanto à oração:

a) Um que só ora, mas não medita na palavra de Deus;
b)    Outro que só lê, mas não ora;
c)     Outro que nem ora e nem lê a Bíblia;
d)    E o quarto grupo que concilia as duas coisas.
Vivemos um tempo de crendices entre o povo de Deus, devido a negligência em estudar a palavra e ser consagrado, sincero e espiritual e, acima de tudo temer ao Senhor.
Nesse cenário, aparecem muitos frios na fé e céticos, ou seja, que duvidam de tudo o que diz respeito à oração. Vejamos alguns deles:

3.1) O que não ora
O crente que não está em contato com Deus é uma pessoa que desconhece os valores sobrenaturais da oração, tais como: dependência, esperança, socorro celestial e comunhão íntima com o Senhor. Isso pode abrir espaço para o inimigo perturbar sua vida levando ao desânimo, a depressão e frieza espiritual. Mas a recomendação bíblica é: “Lançando sobre Ele toda vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”. (I Pe 5.7; Fl 4.6)

3.2) O que ora fora da vontade de Deus
Há pessoas que oram, decretando, exigindo de Deus, com revolta, como se fossem senhores e Deus servo. Esquecem o que o Mestre nos ensina: “Seja feita a tua vontade”... (Mt 6.10). João diz: “Se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve”. (I Jo 5.14)

3.3) O que ora sob a direção do Espírito Santo
Orar constantemente é cumprir a palavra que diz: “Orai sem cessar” (I Ts 5.17). Jesus fala do dever de orar sempre sem nunca desanimar (Lc 18.1). Porém, não podemos esquecer que a ordem é: “Vigiai e orai...” (Mt 26.41).
Orar é desfrutar do privilégio dado aos filhos de Deus. Quantos religiosos gostariam de falar com o Todo Poderoso e não podem. O Espírito Santo intercede por nós com gemidos inexprimíveis, é ele que nos ajuda aqui na terra, enquanto no céu temos nosso grande Sumo Sacerdote Jesus, que intercede junto ao Pai.(Rm 8.26; Hb 8.1). Amém!

Portanto, queridos(as) irmãos(ãs), que o Senhor nos ajude a desenvolvermos uma comunhão com Ele através da oração diária. Oremos sem cessar!


Pastor Gerson Lopes

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