Tito 2.11-15
Um dos aspectos mais belos do cristianismo é, sem dúvida, a manifestação da Graça de Deus. Compreender a Graça e suas implicações, com certeza, tira o peso que muitas religiões sobrecarregam a milhões de pessoas que seguem uma série de proibições ou permissões que nada tem a ver com o evangelho, sendo tão somente doutrina de homens. O problema é que as pessoas pensam que fazendo essas coisas elas tornam-se merecedoras dos favores de Deus, anulando assim a graça de Deus em suas vidas.
Definindo Graça:
- Graça é a bondade de Deus revelada no calvário;
- Graça é favor imerecido;
- Graça é Deus dando ao homem aquilo que ele não merece, para que esse devolva a Deus aquilo que ele merece;
1) A abrangência universal da Graça
Dentro do que foi exposto pelo apóstolo, ele revela que a graça não é discriminatória, não é seletiva, antes é de alcance geral. Isto desfaz a crença de alguns religiosos que pensam poder monopolizar a graça, isto é, pensam que Deus só opera dentro dos seus domínios, suas teologias, seus templos. Porém, a afirmação bíblica é a seguinte: "Deus quer que todos se salvem"...
2) A unicidade da Graça
Embora o apóstolo Paulo destaca a abrangência universal da Graça, a Bíblia também revela que somente por meio dela há salvação (Ef 2.8-10; At 4.12; Jo 14.6).
Não podemos permitir a crença em outro evangelho. Paulo deixa isso claro aos Gálatas (Gl 1.8).
3) Devemos ter cuidado para não nos privarmos da Graça
O escritor aos Hebreus diz: "...tendo cuidado de que ninguém se prive da Graça de Deus e, de que nenhuma raiz de amargura brotando, vos perturbe e, por ela muitos se contaminem” (Hb 12.15).
Daí a recomendação: "Segui a paz com todos..."
Ao nos privarmos da Graça somos prejudicados no nosso relacionamento.
Paulo diz que tudo pode ser resumido em uma só frase: "Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor" (Rm 13.9-10).
4) Cuidado para não profanar a Graça.
O escritor aos Hebreus nos faz relembrar de Esaú, ao dizer: "... e ninguém seja profano como Esaú, que por um manjar vendeu o seu direito de primogenitura". Profanar é considerar as coisas sagradas como coisas comuns, insignificantes, banais, terrenas.
Esaú foi profano porque trocou o eterno pelo temporal, pelo terreno e passageiro.
A Graça não é hereditária, ela é pessoal.
5) A Graça não é estática
Paulo mostra-nos que a Graça é viva, é atuante e traz consigo exigências, isto é, ela produz em nós uma nova natureza que não é mais conivente com a impiedade e concupscências mundanas.
a) Ela revela-nos o princípio do evangelho
A renúncia. Jesus é claro ao dizer:
"Quem vier após mim e não negar pai, mãe, mulher, fazenda, por amor a mim, não pode ser meu discípulo". O evangelho, antes de anunciar ganho, ele anuncia perda.
"Quem quiser salvar sua vida perdê-la-á, mas quem perdê-la, salvá-la-á".
Renunciar a impiedade, o presente sistema mundano, as propostas de exaltação humanas.
"Pois quem perante os homens é elevado, perante Deus é abominação". (Vivemos uma crise ética jamais vista. Falta comprometimento)
"Quem amar o mundo, o amor do pai não está nele".
b) A proposta da Graça é a santificação
"Segui a paz com todos e a santificação” (Hb 12.14);
"Sede santos em toda a vossa maneira...” (I Pe 1.15).
c) Desafios:
Qual preço você está disposto a pagar para que esta Graça seja mais abundante em sua vida?
Você estaria disposto a diminuir seu tempo gasto na TV ou Internet, para dedicá-lo a oração e meditação da palavra de Deus?
Saiba que, orando por apenas 15 minutos diários, você orará 7h30min. por mês. Isto equivale à 90 horas por ano, ou a 7 dias e meio de 12 horas por dia ao ano.
Qual a semelhança entre Graça e misericórdia?
Graça é Deus nos dar o que não merecemos (Salvação).
Misericórdia é Deus não nos dar o que merecemos (Condenação).
"Pelo que, tendo recebido um reino que não pode ser abalado, retenhamos a Graça pela qual sirvamos a Deus agradavelmente com reverência e piedade. Porque o nosso Deus é um fogo consumidor". (Hb 12.28-29).
Que Deus nos abençoe em Cristo!
Amém.
Para ouvir esta mensagem na íntegra, clique aqui:
Pr. Gerson Lopes
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