“Todo aquele, pois, que escuta
estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente,
que edificou a sua casa sobre a rocha; e desceu a chuva, e correram
rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque
estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras,
e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua
casa sobre a areia; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram
ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda”. (Mt 7.24-27)
Segundo estudiosos do assunto, a diferença entre as famílias não
está tanto nas circunstâncias que as cercam, mas muito mais na forma em
que elas reagem às circunstâncias. É impossível qualquer família viver
isenta totalmente das dificuldades e adversidades da vida. É próprio da
vida as venturas e desventuras.
Vejamos a diferença de uma casa edificada sobre a rocha e outra sobre a areia.
Entre as necessidades mais básicas da vida está a de segurança. Esta
segurança tem como ponto de partida a família. De acordo com Jesus, ela
só é possível a partir das nossas escolhas. Onde, quando e como queremos edificar a nossa casa? Segundo Cristo, a única forma segura é sobre a rocha. E a rocha é Cristo. (I Co 3.11)
Construindo com materiais apropriados
O segredo da firmeza de uma construção está no alicerce, na base,
na fundação, e como já vimos, nossa base inicial é Cristo (I Co 3.11).
Porém, os materiais empregados precisam seguir o mesmo padrão de
qualidade. Vamos à lista:
a) O amor: De forma figurada, podemos comparar o amor ao cimento nessa
construção. A função do cimento é unir as partículas e dar firmeza às
peças, como os tijolos e outros. (I Co 13; Jo 15.12; I Pe 1.22). Porém, é
necessário entendermos que amor é mais do que sentimento. Amor produz
sentimentos bons, porém ele não é sentimento em si. Amor deve ser
aprendido. Aprende-se a amar na medida que se conhece a outra pessoa e
passa a admirá-la, olhando seus defeitos positivamente. Amor é composto
por doação e sacrifício.
b) A empatia: A empatia pode ser comparada às vigas
que nos ligam uns aos outros (Rm 12.15). Ser empático é sentir a dor do
outro como se fosse a nossa (Gl 6.2);
c) A humildade: A humildade é o piso que nos mantém os
pés no chão, sem arrogância (I Pe 5.5). Para os pais, ser humilde é
saber exercer sua autoridade sem autoritarismo;
d) O perdão: O perdão pode ser comparado à porta de entrada para relações sadias (Ef 4.32; Mt 6.15);
e) A paz: A paz é a sala de estar onde a família compartilha e traz experiências (I Ts 5.13-15);
f) Bons exemplos: Bons exemplos são como colunas que dão
sustentação a esta casa. A melhor educação se transmite pelo exemplo.
Virtudes como: honestidade, verdade, pureza, compromisso com o reino de
Deus, perseverança, humildade e etc.. É a prática de tais virtudes que
dá aos pais a autoridade e legitimidade na educação de seus filhos.
Educa-se muito mais pelo exemplo do que com palavras. (Dt 6.6-7; Mt
7.12).
Conclusão
Em tempos de crise precisamos de firmeza. Ninguém construirá uma
história de permanência, a não ser que seus alicerces estejam bem
estabelecidos. Precisamos de um salvador em quem possamos confiar e
afirmarmos ao nosso coração: “Senhor,
comigo não há dor que não possa ser aliviada, tempestade que não passe,
perda que não se recupera, choro que não possa ser acalentado. Eu
solitariamente fraquejo, mas juntos somos invencíveis”.
Que Deus nos ajude
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